Bees of Love leva jovens cariocas ao pódio no Mundial de Patinação Artística na China — mas ainda precisa de apoio para cobrir custos da viagem
- beesoflove 
- há 12 horas
- 4 min de leitura
Jovens atletas apoiados pelo Instituto Bees of Love conquistaram resultados históricos no Campeonato Mundial de Patinação Artística, disputado na China, e colocaram o Brasil entre as melhores duplas do mundo na modalidade. As duplas formadas por Lucas e Suzana, e por Giulia e Yago, alcançaram o 3º e o 4º lugares, respectivamente, em uma competição de altíssimo nível técnico e dominada por países com histórico de investimento contínuo no esporte.
No programa curto, Lucas e Suzana garantiram a medalha de bronze — um pódio que a equipe descreve como “bronze com gosto de ouro”. Já Giulia e Yago terminaram em 4º lugar, consolidando a presença brasileira entre as principais potências da patinação artística mundial. Os resultados foram celebrados como um feito histórico para atletas que, até poucas semanas antes do embarque, ainda lutavam para viabilizar a própria viagem.

Realidade do esporte sem patrocínio
As duas duplas, que já eram campeãs brasileiras e sul-americanas, viajaram ao Mundial representando a Federação de Hóquei e Patinagem do Estado do Rio de Janeiro (FHPERJ), presidida por Sandra Mello. O grupo não teve patrocínio formal, não recebeu repasse governamental e não teve custeio da confederação. Para conseguir chegar à China, os atletas recorreram a rifas, feijoadas, bingos, campanhas de arrecadação e doações diretas.
Mesmo com o apoio emergencial do Bees of Love, os custos totais da ida à China ainda não foram totalmente quitados.
Ainda faltam aproximadamente R$ 35.000,00 para fechar todas as despesas da delegação — especialmente passagens e custos logísticos. A preparação dos atletas é marcada por uma rotina intensa de treinos, que pode chegar a até 8 horas por dia, e por limitações materiais que contrastam com a estrutura oferecida a equipes de países que tradicionalmente dominam o pódio.
Por trás da conquista está um nome que aparece em todas as falas da equipe: Alessandra Castro. Alessandra é a treinadora, mas, na prática, é vista pelos atletas como força motora, escudo emocional e linha de frente logística. Segundo relatos do grupo, ela acreditou nos jovens quando ninguém mais acreditava, defendeu o direito deles de competir em alto nível e embarcou para a China sem ter garantido 100% da cobertura de custos, movida apenas pela convicção de que “eles merecem estar lá”.
Para o Instituto Bees of Love, Alessandra simboliza o impacto que uma única pessoa pode ter no destino de muitos jovens: “coragem, persistência e a defesa inegociável do direito de sonhar grande”. A trajetória da treinadora e dos atletas é frequentemente resumida por uma frase repetida pela equipe: “Como não sabiam que era impossível, foram lá e fizeram.”
Impacto social
Para o Bees of Love, apoiar esses jovens não é apenas “patrocinar atletas”. É uma ação direta de impacto social. O Instituto defende que o esporte protege, educa e cria futuro, especialmente em contextos de vulnerabilidade. Segundo a organização, a patinação artística — muitas vezes vista como um esporte distante da realidade brasileira — se mostrou um instrumento concreto de disciplina, autoestima, pertencimento e perspectiva de futuro.
“Quando um jovem brasileiro pisa em um Mundial e sobe ao pódio, ele volta sabendo que pode. E essa consciência muda destino”, afirma a diretoria do Bees of Love.

Ainda segundo o Instituto, a conquista na China tem um efeito multiplicador: inspira atletas mais novos, fortalece o trabalho de base e legitima a modalidade dentro do cenário esportivo nacional, que ainda concentra visibilidade e patrocínio em poucos esportes tradicionais. Em outras palavras: o Mundial não termina na pista. Ele começa uma nova conversa sobre acesso, inclusão e oportunidade.
A situação financeira após o mundial e como ajudar
Apesar do resultado esportivo e do alcance simbólico da conquista, o cenário financeiro segue em aberto. O Bees of Love confirma que, mesmo após a mobilização de apoiadores, ainda há um déficit de aproximadamente R$ 35 mil relacionado a passagens e demais custos da viagem à China.

A entidade afirma que segue mobilizando apoio para que os atletas retornem não apenas com medalhas, mas também com tranquilidade financeira — sem dívidas pessoais acumuladas para competir pelo Brasil. Para o Instituto, essa etapa é tão importante quanto o pódio: “Levamos o Brasil ao Mundial e voltamos com medalha. Agora precisamos garantir que essa história termine de forma justa para quem fez o impossível acontecer.”
Os atletas brasileiros retornam da China com:
- medalha no Mundial de Patinação Artística; 
- experiência técnica internacional; 
- visibilidade inédita para a modalidade no país; 
- e, principalmente, o sentimento de pertencimento a um palco mundial. 
Segundo o Bees of Love, os resultados obtidos por Lucas e Suzana (3º lugar) e por Giulia e Yago (4º lugar) mostram que os jovens brasileiros têm nível competitivo para disputar entre os melhores do mundo. O Instituto afirma que continuará acompanhando a evolução das duplas e reforça que a mobilização coletiva foi determinante para que a viagem fosse possível.
O Instituto Bees of Love mantém ativa a mobilização para quitar as despesas e faz um apelo direto a quem acredita no esporte como ferramenta social. “Isso não é só sobre medalha. É sobre futuro”, afirma o Instituto. “Quando o bem se une, ele alcança o impossível.”
O Bees of Love credita a conquista “ao esforço conjunto de atletas, treinadora, apoiadores e doadores”, e encerra com um agradecimento: “Esses jovens acabam de escrever uma página linda para o Brasil. Cabe a nós garantir que essa página não termine com uma conta em aberto.”







Comentários