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Instituto Bees of Love celebra dois anos de realizações

Atualizado: 2 de ago. de 2021

Reforma de hospitais e distribuição de alimentos estão entre as iniciativas


Instituto Bees of Love reúne pessoas em prol do bem comum


Quando tinha doze anos, a menina Georgia viu na televisão uma reportagem sobre a Obra do Berço, tradicional instituição de assistência social carioca de acolhida a crianças vulneráveis. Em dificuldades financeiras, a entidade corria o risco de fechar as portas. Comovida, Georgia pediu à mãe para trabalhar lá como voluntária, dedicação que perdurou até seus 17 anos. Estava plantada ali uma semente que cresceria por toda a sua vida. Um desejo de aplacar a dor do próximo que resultaria em sua própria obra: o Instituto Bees of Love, fundado em 2019.


Neste domingo (1), a entidade, que não tem qualquer apoio de governos, completa dois anos de muitas realizações, viabilizadas por contribuições de doadores. A data é motivo de comemoração não só para Georgia, mas também para a aguerrida equipe de voluntariado do Bees of Love e para as pessoas e instituições apoiadas desde então. “Meu intuito com o Instituto foi ressignificar a palavra doar. Doação não é necessariamente de dinheiro. Pode ser um sorriso, um abraço, uma escuta, você se doar para o outro. Tanto que a primeira doação que fizemos foi de sangue, para salvar vidas. Consegui reunir 120 pessoas e fomos para o Instituto Nacional de Cardiologia”, relata Georgia.


Desde o início do trabalho, a intenção vem sendo priorizar projetos que trazem impacto significativo e perene, como obras em hospitais. Foi assim que, no mesmo INC, em Laranjeiras, o Bees of Love construiu, graças a doações que somaram R$ 120 mil, um solário para uso pelos pacientes. A inauguração do espaço de lazer e contemplação, antes uma varanda desativada, foi em abril de 2019. Em 2020, quando do início da pandemia da Covid-19, o solário virou um refúgio para a equipe do INC, por ser uma área aberta, com menor risco de contaminação pelo coronavírus.

Solário é área de lazer e terapia para pacientes do INC


Outra ação de impacto foi no Hospital Municipal Jesus, em Vila Isabel. O Instituto levantou R$ 11 mil e reformou dois quartos onde ficam famílias com filhos internados. O Bees of Love organizou ainda uma noite de gala no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e arrecadou R$ 190 mil para a reforma da cortina do palco.


Tudo isso graças ao esforço conjunto de um pequeno grupo de pessoas, que se mobiliza em prol do bem comum. “Quando pensei num nome para o Instituto, me veio Bees of Love porque abelha remete à união, à comunidade. Semeamos amor. Ninguém faz nada sozinho”, conta Georgia, que transmitiu aos três filhos a tal semente da filantropia e da solidariedade.


Ações na pandemia


A partir de março de 2020, a pandemia da Covid-19 fez muita gente parar nas ruas, sem renda nem perspectivas. Foi quando o Bees of Love se voltou a ações para aliviar a fome de quem mais precisa. Já foram distribuídas cerca de 30 mil quentinhas a pessoas em situação de rua, e quase 5.000 cestas básicas às famílias mais pobres da Favela da Rocinha, ainda mais fragilizadas por conta da crise econômica e social trazida pelo coronavírus.


Uma vaquinha on-line resultou na compra de dois respiradores, doados para o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, no Centro do Rio, e de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para profissionais de Saúde da linha de frente do combate à Covid-19. Foram arrecadados cerca de R$ 40 mil.


Desde o início de 2021, a mobilização está intensa. Em pleno inverno, o Instituto vem distribuindo cobertores para pessoas nas ruas, além de seguir na campanha contra a fome. Todas essas iniciativas vêm ganhando cada vez mais reconhecimento. Prova disso é a inclusão do Bees of Love nas listas de entidades merecedoras de doações organizadas pela TV Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo.

Entrega de cobertores aqueceu as noites de frio de pessoas em situação de rua


Em busca de boas notícias


Passados dois anos de tanto trabalho, Georgia lembra que há muito por vir. “Quando começamos, a gente vivia numa enxurrada de notícias ruins, o que não mudou. Isso amarga a gente, entristece, traz desesperança. As pessoas à minha volta só falavam em deixar o Brasil. Mas sou filha de pais alemães que vieram para cá nos anos 1960 para tentar uma vida melhor, e que me ensinaram a amar o Brasil. Eu tinha que agir, queria notícias boas e fiz por onde”, rememora.


A alegria no ato da doação é uma via de mão dupla, ela atesta. “Eu vou para a rua entregar comida e isso cura a minha alma. É a terapia da compaixão”, define. “Muitas pessoas ficam sentadas no sofá só falando mal do país. Mas não dá para ser assim. A sociedade civil consegue fazer o que governos não fazem”, acredita. “Fui muito criticada, me diziam que ‘ONG é a maior furada’. Mas o mundo não se restringe a nós. Se a dor do outro não te atinge, então tem algo errado com você.”


Você pode ajudar as ações sociais do Bees of Love. Clique aqui para doar!






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